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O que são os Transtornos Alimentares?



Os transtornos alimentares são quadros psiquiátricos que comprometem o comportamento alimentar e a forma de identificação do próprio corpo.


Esta doença pode impossibilitar a pessoa a exercer suas atividades do dia a dia e gerar um grande sofrimento emocional além do impacto social. Para algumas pessoas, a comida é sinônimo de engordar e por isso buscam métodos para ajudar na perda de peso a qualquer custo. Os transtornos alimentares mais conhecidos são a Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e o Transtorno de Compulsão Alimentar, mas também não podemos deixar de citar o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE). Cada uma dessas doenças tem características específicas.


Pessoas que desenvolvem a Anorexia Nervosa têm como hábito a restrição de “alimentos que engordam” e usam métodos que aceleram a perda de peso. Apresentam uma obsessão com o corpo e com o peso, como também uma percepção distorcida da própria imagem. Se vêem muito “maior” do que são realmente.


Na bulimia nervosa, o comer acaba sendo em grande volume, com muita voracidade e em pouco tempo. Como se fosse um ataque! Principalmente, quando este comportamento se repete duas ou mais vezes na semana. Logo a seguir vem a culpa e a vontade incontrolável de eliminar esse alimento de alguma forma utilizando alguns métodos compensatórios como medicamentos, vômitos forçados ou a própria atividade física intensa e descontrolada.


No transtorno de compulsão alimentar também há perda do controle do volume alimentar, mas o sofrimento pode ser maior, pois não há métodos compensatórios. A pessoa sente-se incapaz de controlar o que come e torna-se muito desorganizada com sua própria alimentação. Está sempre iniciando uma nova dieta, sendo cada vez mais restritiva e logo em seguida volta a apresentar outra compulsão. Não é incomum ele (a) querer comer escondido, seja por vergonha do volume ou da forma como se alimenta.


O transtorno alimentar restritivo evitativo não possui restrições de idade para diagnóstico, sendo um possível quadro em crianças, adolescentes e adultos que apresentam um desinteresse nos alimentos, não se queixam de fome, com esquivas peculiares com relação a características sensoriais dos alimentos e uma preocupação concernente as consequências à ingestão de determinado alimento, causando atraso no crescimento ou mesmo deficiências nutricionais significativas.


Importante entender que nem todas as pessoas que se preocupam com o corpo e a alimentação apresentam transtorno alimentar. Segundo Aratangy e Buonfliglio (2017), a preocupação patológica, doentia, provoca pensamentos de muita angústia. Esses pensamentos invadem sua mente várias vezes ao dia, de modo que não consegue ficar livre dele, não importa o que você faça para evitá-lo. Os sintomas físicos estão relacionados a angústia que fortalece a convicção de que a situação é real e que ameaça a sua vida.


Para restaurar a saúde mental, física e nutricional o acompanhamento do paciente com transtorno alimentar envolve vários profissionais especializados. Entre eles estão o psiquiatra, o psicólogo e o nutricionista, mas é importante salientar que o preparador físico e o fisioterapeuta colaboram bastante nesta empreitada.


Fernanda Pardo de Toledo Piza Soares

Nutricionista - CRN9 1845

Consultório Nutrição e Saúde

Iruana Merhey Machado

Nutricionista - CRN9 7601

Consultório Nutrição e Saúde

Referências bibliográficas:

Aratangy, EW. Como lidar com os transtornos alimentares: guia prático para familiares e pacientes. Eduardo Wagner Aratangy, Helena BonadiaBuonfiglio. 1º. Ed- São Paulo: Hogrefe, 2017.

Mairs, R; Nicholls, D. Assessment and treatment of eating disorders in children and adolescentes. Arch Dis Child 2016; 101:1168-1175.

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